Sem dúvidas, uma dos melhores filmes de comédia.
Borat Sagdiyev, o segundo melhor jornalista do Cazaquistão, viaja pelos Estados Unidos entrevistando diversas pessoas dos nichos mais extremados da sociedade, de sulistas americanos a feministas e figurões de elite. O sucesso do repórter da Ásia Central rendeu um longa-metragem campeão de bilheteria na Europa e na América do Norte.
Com atitudes ofensivas e declarações que beiram o machismo, a homofobia, o ódio contrajudeus e até mesmo apologias à pedofilia e ao incesto, se destaca por expor o fato de que muitas vezes os preconceitos, por mais terríveis que sejam, se propagam melhor de uma forma ingênua e indiferente do que quando impostos pela lei ou pela força. Ao contrário de ter as suas opiniões forjadas a partir de uma intolerância radical organizada e meticulosa ligada a motivos individuais, reproduz algo que está intrincado nele por criação e herança cultural e, indo justamente para rodeios de caipiras e centros de etiqueta esnobes, na base do constrangimento e do humor palhaço consegue fazer com que as pessoas revelem o lado mais obscuro delas sem ao menos perceberem.
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